A ORGANICIDADE DE EDUARDO MILEK

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

A organicidade e fluidez somada ao tamanho memorável das obras de Eduardo Milek geram um combo difícil de ser ignorado. É visualmente impactante observar toda a delicadeza de composição que o artista tem em suas obras, a água, elemento essencial de adição aos materiais escolhidos por Milek, tem uma força de criação que toma as rédeas de direcionamento de composição, muitas vezes.

Tinta acrílica, nanquim e aquarela são as ferramentas utilizadas na expressão de seus quadros, Milek utiliza a adição da agua de forma abundante, os traços fluidos e imprecisos tomam conta da composição, que não poderia ser mais orgânica. Ao mesmo tempo em que sua obra apresenta esse caráter soft a escolha das cores e o tamanho dos suportes, que em sua maioria são maiores de dois metros de altura ou comprimento, vem como uma divergência.

Não posso deixar de observar o quanto seu trabalho bebe da influencia da street art, sendo forte e imponente, forçando o espectador a seguir suas linhas nunca oblíquas, como uma espécie de labirinto pictórico que grita cor. É possível enxergar o artista por detrás da escolha das tonalidades vivas e dos acabamentos em linhas definidas, ao mesmo tempo, em que parte de sua obra possuí vida própria (proveniente da liquidez) que esparrama pela tela e escorre nas laterais do suporte, é uma espécie de action paiting, com a qualidade da lentidão, ao invés de impactos ríspidos.

Delicado, contemporâneo e forte. Três palavras que descrevem um artista cuja
carreira só começou, Eduardo Milek é uma aposta para colecionadores e profissionais de arquitetura e criação de ambientes. É difícil encontrar trabalhos de arte com qualidades tão inerentes, tenho certeza que a trajetória desse artista em poucos anos  nos surpreenderá.