A ação se desenvolveu no auditório de musica do campus DeArtes da Universidade Federal do Paraná, segue abaixo uma descrição da ação performática feita por um dos alunos presentes na data:

“Todos estão sentados em cadeiras na frente do tablado de madeira, o piano de cauda está descoberto e existe uma garrafa transparente em cima dele, ouço passos na rampa que leva ao tablado, um pianista senta, ele esta vestindo uma roupa formal. Começa então a tocar uma musica suave e logo em sequencia Martucci entra com uma roupa toda branca, uma taça na mão esquerda e um frasco de comprimidos na mão direita, ela se esta vestindo um salto alto branco e uma blusa de manga comprida. Seus passos são duros no chão de madeira, a música começa a acelerar, a artista então de agacha no chão até que a musica para. Quando ela se levanta a musica começa a tocar mais desarmonicamente, recipiente dos comprimidos e a taça vazia são postas em cima da mesa. Martucci derruba todos os comprimidos em cima do piano, uma pausa acontece, ela então pega o primeiro comprimido e diz em voz alta: “A culpa é da minha mãe”, e coloca no comprimido dentro do cálice de vidro, em seguida pega o próximo comprimido e grita “a culpa é da sociedade” e também o coloca na taça. Cada comprimido em cima do piano é colocado dentro da taça de vidro e representa uma culpa diferente citada pela artista. Quando ela termina de citar todos os culpados, quando todos os comprimidos estão dentro do recipiente, quando a musica do piano finalmente para, ela enche o copo com água e argumenta que a culpa é de todos que estão presentes. Dito isso, ela e o pianista saem da sala”.

Essa ação comentada acima faz referencia a uma cantiga popular entre crianças brasileiras, sobre um copo de veneno em cima de um piano. A música possui a seguinte letra: “lá em cima do piano tinha um copo de veneno, quem bebeu, morreu, o culpado não fui eu!”.