A artista performática proponente da ação passou por uma experiência que veio a desencadear essa performance e posteriormente a construção dessa vídeo arte. Em Outubro de 2018, a artista ganhou de um homem de seu ciclo social, um buque de rosas. Este presente fez com que ocorressem diversas reflexões sobre o papel esperado da mulher na sociedade e todas essas construções de gênero impostas ao corpo feminino. Por melhor que fosse a intenção desse rapaz ao presentear sua amiga com rosas, o presente passou a possuir um significado negativo para a artista.
“Ao me bater com as rosas, os espinhos dessas flores deixam marcas no meu corpo. Essas marcas não se curam rápido. Assim como as marcas dos condicionamentos de gênero que sofremos desde o nascimento.” – disse a autora da ação.
O buque de rosas ao atingir as costas da artista, se despedaça, quando mais forte ela bate nas suas próprias costas, mais pétalas se desprendem dos grandes galhos de espinhos. Por fim, só sobram as varetas de espinhos, duras, pouco flexíveis. Esses galhos não são mais bonitos e nem prestigiados como eram antes ainda com as pétalas, agora eles só causam cortes, marcas e dor.