Cristopher Gegembauer

AS CRIAÇÕES HIBRIDAS DE CRISTOPHER GEGEMBAUER

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

A definição de Rizoma, emprestada da botânica, se refere a estrutura de algumas plantas cujos brotos podem ramificar-se em qualquer ponto, assim como engrossar e transformar-se em novas vegetações, essa estrutura pode funcionar como raiz, talo ou ramo e conecta um conjunto de exemplares por sua base. Não é à toa que trago essa palavra para ajudar a descrever o trabalho do artista Cristopher Gegembauer, organicidade e hibridismo, são outras definições complementares que compreendem as características pictóricas de sua poética.

Retratando seres assimétricos que unem elementos humanos a formas botânicas e parecem ligados uns aos outros, como uma rede de rizomas, as telas e painéis se complementam e fazem parte de uma mesma obra, por mais que os suportes sejam distintos. Fauna e flora se misturam de maneira harmoniosa nas suas composições, o fundo é quase sempre chapado, com uma cor única, tons de verde e azul são uma constante, assim como linhas finas que parecem raízes aéreas e que acompanham o corpo desses seres imaginários. Sem uma definição clara de início e fim, essas imagens retratadas por Cristopher Gegembauer extrapolam os limites do suporte, trazendo novamente a comparação com a rede de rizomas.

Algumas de suas obras são produzidas em suportes naturais, como pranchas de madeira, reforçando ainda mais a estética natural que sua obra possui. Extremamente contemporâneo, Cristopher Gegembauer já vendeu suas telas em escala nacional, suas peças ornam perfeitamente com construções modernas e urbanas, cimento queimado, vidros e instalações industriais que busquem, através da arte, uma reaproximação com a natureza.

Giovana Hultmann

GIOVANA HULTMANN: CONFEITEIRA DAS ARTES

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Obras delicadas e com uma doçura que permanece a mesma em seus trabalhos, por mais distante que as dimensões de seus suportes estejam, em uma tela 20 x 20 cm ou em uma obra de 140 x 150 cm, enxergamos a pictoriedade da artista com a mesma sutileza. Quando utilizo a palavra doce, são as cores que me despertam essa sensação. Derivações de magenta e tons pasteis complementam todo o seu trabalho em camadas que se encaixam, como se estivessem dançando organicamente por cima da tela, a artista mistura um abstracionismo geométrico com formas fluidas para criar suas composições. Em algumas de suas obras observamos, de forma sensorial, a presença da cor dourada. Que acaricia todos os elementos que fazem parte das suas composições, ao mesmo tempo em que não se sobressai aos mesmos. É agradável e quase que abraça a retina do observador com um carinho feminino e protetor.

Giovana Hultmann exerceu durante dez anos a função de Professora de Educação Artística, e desde 2003 tem foco em seu trabalho individual como artista, o que não pode ser ignorado quando analisamos suas telas, uma vez que a escolha dos elementos visuais que compõe seu trabalho, trazem uma sensação acolhedora e confortável, qualidades que uma profissional da educação tem em seus pilares de profissão. Designers de ambientes, arquitetos e profissionais das áreas de composição e criação visual, tem observado uma tendência que, desde o ano de 2020 vem se mostrado cada vez mais forte no que diz respeito à utilização de tons pasteis e abstracionismos geométricos arredondados. É de conhecimento aberto que Giovana Hultmann trabalha há dezoito anos com especificidade na composição, despertando o lado lúdico de suas emoções e dos que observam seu trabalho, ao mesmo tempo em que 2021 veio como um ano que abraça a trajetória inteira da artista, a compreende e acolhe. A aquisição de sua obra nesse contexto de tendência de design atual, consegue deixar suas pinturas mais contemporâneas do que nunca.

Ana Lecticia Mansur

AS CAMADAS DE ANA LECTÍCIA MANSUR

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Camadas de tinta e cores que apesar de próximas, se misturam com a distancia dos olhares. Pinceladas carregadas e diretas, sobre suportes que ficam pesados a cada adição de tinta. Aquele que observa os trabalhos recentes de Ana Lecticia Mansur, não imagina que seu passado pictórico já esbarrou tantas vezes na arte Naïf.
Mulheres no estilo inspirado em Fernando Botero aparecem diversas vezes durante a trajetória de desenvolvimento da artista, foi em uma das aulas de imersão do ateliê de pintura permanente do Solar do Rosário em que Ana deu um passo crucial para o entendimento de seu trabalho atualmente. Segundo a biografia encontrada no próprio site da artista: “O convívio com outros artistas e sua assídua participação no atelier permanente de pintura a influenciaram no desencadeamento do processo de abstração, com o qual Ana Lecticia logo se identificou.

Absorta em “desmontar para recriar”, a artista mergulha em nova fase.”
Fase esta que a anos sofre aprofundamentos e pequenas modificações, é certo que o trabalho de Ana Lecticia Mansur nos desperta uma sensação diferente a cada obra que se revela, desde o uso demasiado de cores como em sua tela “Túnel do Tempo” até o contido e discreto díptico “Alegria” composto pelos pigmentos branco, preto e magenta.

A maior característica que podemos destacar na sua fase atual de pintura, é
o uso consciente de camadas com cores únicas e marcantes, que ao se aproximarem de outras pinceladas revelam a ilusão das cores invisíveis, ou seja, aquelas que enxergamos pela ações de outras.
A utilização do instrumento do pincel dessa forma cria camadas com movimento e profundidade, um traço duro e obliquo pode ser observado em todos os seus trabalhos com pintura abstrata (em analise oposta a sua pesquisa figurativa). As obras abstratas de Ana Lecticia Mansur devem ser vistas em projetos arquitetônicos que confluam com uma estética contemporânea e angular, pois assim despertaram no olhar dos espectadores suas maiores qualidades.

Eduardo Milek

A ORGANICIDADE DE EDUARDO MILEK

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

A organicidade e fluidez somada ao tamanho memorável das obras de Eduardo Milek geram um combo difícil de ser ignorado. É visualmente impactante observar toda a delicadeza de composição que o artista tem em suas obras, a água, elemento essencial de adição aos materiais escolhidos por Milek, tem uma força de criação que toma as rédeas de direcionamento de composição, muitas vezes.

Tinta acrílica, nanquim e aquarela são as ferramentas utilizadas na expressão de seus quadros, Milek utiliza a adição da agua de forma abundante, os traços fluidos e imprecisos tomam conta da composição, que não poderia ser mais orgânica. Ao mesmo tempo em que sua obra apresenta esse caráter soft a escolha das cores e o tamanho dos suportes, que em sua maioria são maiores de dois metros de altura ou comprimento, vem como uma divergência.

Não posso deixar de observar o quanto seu trabalho bebe da influencia da street art, sendo forte e imponente, forçando o espectador a seguir suas linhas nunca oblíquas, como uma espécie de labirinto pictórico que grita cor. É possível enxergar o artista por detrás da escolha das tonalidades vivas e dos acabamentos em linhas definidas, ao mesmo tempo, em que parte de sua obra possuí vida própria (proveniente da liquidez) que esparrama pela tela e escorre nas laterais do suporte, é uma espécie de action paiting, com a qualidade da lentidão, ao invés de impactos ríspidos.

Delicado, contemporâneo e forte. Três palavras que descrevem um artista cuja
carreira só começou, Eduardo Milek é uma aposta para colecionadores e profissionais de arquitetura e criação de ambientes. É difícil encontrar trabalhos de arte com qualidades tão inerentes, tenho certeza que a trajetória desse artista em poucos anos  nos surpreenderá.

Rony Bellinho

os daemons de Rony Bellinho

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Figuras humanas distorcidas, cores que independem da relação com o traço de desenho, dono de um trabalho cujo cunho neo expressionista grita, Rony Bellinho é um critico social e um poeta existencial, ele replica em sua obra registros de memorias e estados emocionais passados.

A escolha dos materiais usados pelo artista intriga, traços finos são produzidos em papeis tão finos quanto, uma camada de tinta aquarelada por cima e esta feito. Um suporte delicado, para um trabalho tão forte.
Imagens com estruturas narrativas intensas, mesmo que emblemáticas, apontam a um posicionamento literário do artista. Em uma critica escrita por Adalice Araújo no Dicionário de Artes Plásticas do Paraná, comenta-se: “Rony serve-se de uma figuração gestual de cunho neo-expressionista para liberar seus daemons íntimos.”

Essa passagem é marcante, uma vez que ela faz referencia a essa criatura mitológica grega, Daemon: deuses de determinadas entidades da natureza humana, como a loucura, a ira e a tristeza, entre outros. Rony Bellinho é intimo do circuito de arte contemporânea nacional, mesmo colecionando tempo em suas costas, seu trabalho consegue a proeza de levar o adjetivo atemporal. Cores e traços que perduraram através dos anos, se tornando cada vez mais fortes a cada curva da vida, grandes colecionadores possuem obras de Bellinho em suas coleções pessoais, é como se guardassem também os Daemons que existem em cada um de nós. Se fosse necessário configurar o trabalho e a jornada completa do artista, escolheria apenas uma palavra: humano.

Leandro Souza

A EXPRESSÃO EM VOLUME DE LEANDRO SOUZA

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Leandro Souza possui um trabalho que é marcado por cores muito vibrantes, e se diferencia pela expressão em volume causada por pequenos montes de tintas com camadas de cores que se mesclam.
As sombras projetadas desses pequenos montes geralmente tem vários pontos de fuga diferentes, o que trás a impressão de suas obras se tratarem de uma especie de topografia com iluminação multifocal. 
Confesso que por vezes tenho a impressão de observar um espaço registrado fora do planeta terra ao observar o trabalho de Leandro, suas cores e formas remetem ao espaço sideral, com suas protuberâncias e contornos formados por rochas e sombras. 
Com uma expressão notavelmente contemporânea e cores que flertam com o neon, seu trabalho parece ter sido feito para ambientes que precisam de uma dose extra de energia, escritórios, casas urbanas e apartamentos jovens são o match perfeito para essa série de obras do artista. 
Leandro Souza nasceu na cidade de Rio Negro, no Paraná, se formou em Artes Visuais pela Escola de Música e Belas Artes do paraná, EMBAP, em Curitiba e trabalhou durante anos como professor de Artes na escola Casa Leonardo em Ponta Grossa.

Allan Greskiv

A HARMONIA DE ALLAN GRESKIV

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Allan Greskiv é um artista emergente que vêm construindo seu trabalho de forma experimental, sempre empírico e tendo como base de vivencias fluidas no mundo da arte que flertam com a música eletrônica. Padrões de repetição e proporção são presentes em sua obra, que apesar de nova se apoia nos ombros de grandes gigantes do abstracionismo geométrico. A arte de Allan está completamente alinhada com sua persona, sendo indivisível e, até ouso dizer, uma continuação de sua personalidade, com um ouvido afiado Greskiv separa bpm’s em sua cabeça da mesma forma como distancia as linhas e planos em suas composições pictóricas.
Há ainda uma verdade oculta em suas obras, como toda imagem é sempre uma afirmação, o trabalho de composição de Greskiv grita a proporção da tríade, padrão geométrico dos triângulos que, dentre suas múltiplas representações, faz alusão ao início, o meio e o fim, a santíssima Trindade, a unidade e a fluidez, conceitos presentes na plasticidade de suas telas.
Sendo um artista no início da carreira Allan Greskiv está aprendendo com as suas experiências testando suportes, tintas e composições. Como curadora e crítica de arte coloco a obra de Greskiv como uma aposta. Tem momentos em que ser onisciente seria a solução perfeita para a ansiedade, como não é possível devemos esperar pelo futuro, mas como uma boa jogadora enxergo um auspicioso artista quando encontro.

Fernanda Alonso

AS NUANCES DE FERNANDA ALONSO

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Giovana Martucci

Giovana Martucci

Degrades em transições cada vez mais estreitas, imagens estáticas que vibram e possuem movimento, quantas nuances uma cor possui? Fernanda Alonso nos traz todas essas questões ao analisamos sua obra, essas são as características principais que encontramos em seu trabalho quando o observamos com atenção.

Mas as camadas de interpretação vão se tornando cada vez mais interessantes ao anexarmos as informações dos títulos de suas obras ao caráter pictórico de suas telas. Aurora Boreal é o nome de uma das séries que compõe a carreira da artista, a cor sem duvidas é o que circunda toda a atmosfera de criação de Fernanda Alonso, sendo o seu elemento primordial e também o responsável por todas as impressões causadas nas suas composições, como a vibração de uma faixa de cor próxima à outra, o movimento natural que ocorre nas telas e até a textura de suas pinturas.

Dona de uma fama digna da intensidade de sua obra, seus quadros já apareceram em diversos filmes, clipes, reportagens, comerciais e exposições coletivas e individuais, sendo conhecidos nos circuitos de arte contemporânea nacionais, o que agrega valor aos mesmos. As obras de Fernanda Alonso conseguem pertencer a uma composição de espaço somando valor ao mesmo, sem criar tensão e peso ao ambiente. Ela puxa o olhar do espectador curioso e o entretém com suas formas e cores vibrantes, sem que um desconforto ocorra. Ideal para quem busca a cereja do bolo, sua obra traz consigo o toque final, a peça que faltava, o ultimo detalhe para uma composição de ambiente marcante e elegante.